sábado, 20 de setembro de 2014

Mudança de blog

A partir de agora, as postagens continuam no fome do que não tem ;)

Cookies de ameixa e macadâmia

A busca pelos cookies perfeitos tira o sono de muita gente. Esses tempos até a Times fez uma matéria sobre. Mas o conceito de perfeição é bem variável. Fofinho? Crocante? Fofinho e crocante?

Geralmente os meus ficam crocantes assim que esfriam, mas quando vou guardar já estão entre macios e muxibentos. Gostaria que ficassem um pouco mais crocantes. Segundo algumas fontes, o segredo seria aumentar a farinha.

Mas também é difícil julgar quando se faz uma receita diferente a cada vez. Por isso elegi uma básica e a partir de hoje tentarei me policiar para aprimora-la. A original é esta. A primeira experiência rendeu um resultado delicioso. A combinação de ameixas e macadâmias ficou sutil e saborosa na medida certa.

Cookies de ameixa e macadâmia

1 ovo
80ml de óleo de coco
1/2x + 4cs de açúcar mascavo
1/2x de farinha de trigo branca
1/2x de farinha de trigo integral
1/2x de aveia em flocos
1 1/2cc de bicarbonato de sódio
1/2x de macadâmias picadas grosseiramente
1/2x de ameixa seca picada

Misture bem os três primeiros ingredientes à mão ou na batedeira. Adicione os demais, deixando as macadâmias e ameixas por último. Não é necessário mexer muito. Só o suficiente para misturar. Porcione a massa com uma colher na assadeira anti aderente ou untada e enfarinhada. Asse em forno pré aquecido a 180 graus até que as bordas dourem. Deixe esfriarem sobre uma grade.

Rendimento: 30 unidades, usando uma colher de sobremesa.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cinamonn rolls integrais com maçã e amêndoas


Com a chegada do fim da gestação, todo o cuidado de não exagerar na canela que existiu nos outros meses vai embora. Lógico que deu vontade de comer esse pãozinho delícia! Como a receita é originalmente norte americana, fui lá na Cinara’s Place, que é sempre referência, mas fiz algumas modificações. Primeiro porque acabou a farinha de trigo branca em casa (usei fécula de batata pra abrir a massa). A versão integral cresceu menos, mas ainda assim ficou muito fofinha, surpreendendo. Segundo, diminuí a quantidade de manteiga do recheio e acrescentei uma maçã, para ficar um pouco mais light. Delicinhas!!

Cinnamon Rolls

1 xícara de leite morno (235ml)
1 ovo grande
4 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
3 1/2 xícaras de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
2 colheres (chá) de fermento biológico seco
Se usar farinha integral, é bom colocar 1 colher de vinagre, para dar uma ajudinha pro fermento

Recheio:

3 colheres de chá de manteiga ou margarina derretida
3 colheres de açúcar mascavo
3 colheres (chá) de canela em pó
1 pitada de noz moscada
Amêndoas picadas a gosto
2 maçãs gala raladas

Coloque os ingredientes na cuba da máquina de fazer  pão e selecione o ciclo “massa” (ou sove manualmente). Deixe descansar por 45 minutos. Sove novamente. Abra a massa com um rolo, distribua o recheio, enrole como rocambole e corte em 16 partes. Deixe crescer por cerca de 45 minutos e asse a 200º por uns 30 minutos.

Originalmente daqui.

Biscoito de polvilho com chia


Sabe quando você abre o site para ver uma receita e acaba interessada por outra? Foi assim que conheci esse biscoitinho. Estava atrás das quantidades para fazer crepioca quando me deparei com ele. Já fiz duas vezes. O detalhe é que nenhuma delas foi com polvilho azedo, como deveria. Simplesmente porque não tinha em casa. Na primeira usei fécula de mandioca e na segunda, fécula + farinha de tapioca. Deu certo também. Só foi necessário colocar um pouco mais de água no caso da tapioca e esperar a massa hidratar uns 30 minutos. Eles também não ficaram redondinhos como os originais, mas achatados na primeira vez e um pouco mais redondos na segunda. Não achei isso um problema. São excelentes para aquelas fominhas de coisa salgada (e nunca tem nada na reta aqui em casa nessas horas).

250 g de polvilho azedo
1/2 xíc. (chá) de qualquer leite ou água
1/2 xíc. (chá) de azeite extravirgem
3 ovos
1/2 col. (chá) de sal marinho
1 pitada de pimenta calabresa moída
2 col. (sopa) de semente de chia
Orégano, curry, açafrão (opcional)

Bata os ingredientes na batedeira até formar uma massa homogênea, ou misture com um fouet. Coloque em um saco de confeitar e molde os biscoitos em uma assadeira forrada com papel manteiga. Asse a 230º por cerca de 20 minutos ou até fiquem sequinhos. Espere esfriar e armazene em um vidro bem fechado.


Receita original da Lidiane Barbosa.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Quentinho - ou quentão sem álcool

Ok. Há quem diga que quentão é só o de pinga. Mas eu sempre conheci quentão como aquele que leva vinho, gengibre e especiarias, então vai ser difícil mudar minha memória gustativa ;)

AMO a época de festança junina e seus quitutes. Só que passar por ela grávida exigiu algumas adaptações. Felizmente na maioria das festas que fomos neste ano, estavam servindo o quentinho. Me esbaldei, a Elis também (de dentro da barriga) e até o Pedro se jogou. Daí de vez em quando rola uma versão bem gostosinha aqui em casa:

Quentinho - quentão sem álcool

300ml de suco de uva integral não adoçado
1 litro de água
150g de açúcar mascavo
1 pau de canela grande
10 cravos
60g de gengibre em pedacinhos
2 rodelas de laranja
1 aniz estrelado

Misture tudo, menos a laranja e leve ao fogo. Quando começar a ferver, deixe no fogo baixo por 20 minutos, para os sabores ficarem bem misturadinhos. Após este tempo, desligue a chama, adicione a laranja e tampe por 15 minutos.

Uma dica: no dia seguinte fica ainda mais gostoso (e picante, devido ao gengibre).

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Bolinhos de caqui

Saindo bolinhos de caqui sem gluten e sem lactose para o lanche do mocinho que vai acordar da soneca de beleza daqui a pouco.

A receita original é da Rafaela Ramallo e leva mamão papaya. Acontece que tinha um caqui fuyu mega maduro na fruteira, desses que ficam com a polpa parecendo gelatina, sabe!? Esse ponto não agrada o paladar aqui em casa, para comer puro. Mas até que parece mamão, logo... por quê não?


Bolinhos de caqui

1 caqui fuyu megamente maduro
1 banana prata bem madura
2 cs de açúcar mascavo (em caso de formiguice, use 4)
1 ovo inteiro
1 colher de sobremesa de óleo vegetal
4 cs de fécula de batata
1 cs de farinha de linhaça
2 cs de farinha de arroz integral
1 cs de chia
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 pitada de canela
3 colheres de sobremesa de uvas passas


Amasse o caqui e a banana. Junte os demais ingredientes (misturando à mão, mesmo) e leve assar em forno a 180 graus. Rendeu 8 forminhas de pão de queijo.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Cupcake de biomassa e cacau

Daí que descobri que as gororobas que gosto de cozinhar tem nome: culinária funcional. Qualquer bolinho simples feito aqui em casa costuma ter um tchanamnam. Seja a substituição do açúcar refinado pelo mascavo, adição de fibras, uma receitinha sem glúten, outra sem lactose... Não é necessário ficar doente para buscar esse tipo de comida. Qualquer pessoa se beneficia da funcionalidade dos ingredientes.

Já tinha visto isso no curso de gastronomia, mas na época passou meio batido. A janela para essa redescoberta foi o instagram. Aliás, só tem comida no meu instagram. Tem muita gente postando “receitas fit” que também são uma mão na roda. É só ignorar os “scoops”de proteína que as preparações costumam ser bem práticas e rendem poucas unidades, o que é bom para não ter que ficar olhando para aquele bolo a semana toda.

Preparem-se, porque as naturebices ficarão ainda mais frequentes por aqui! Pelo menos enquanto a Elis não chega e tenho mais tempo na cozinha.

A descoberta da vez é a biomassa de banana verde. Mais informações sobre ela aqui . Já usei em sopas, molho vermelho para massa, cookie e este bolinho foi uma dos melhores empregos.


Cupcake de biomassa e cacau
(Inspirado na receita da Luana Budel)

250 g de biomassa
5 ovos
50 g de castanhas e/ou nozes
75 g de agave ou melaço de cana
60 g de coco fresco ralado
50 g de cacau em pó
1 colher de chá de fermento em pó

Misture todos os ingredientes. Pode ser no liquidificador ou processador (usei este, porque fica meio pesado). Comece batendo as castanhas separadamente, para obter uma textura mais fina. Coloque em forminhas de silicone e leve assar em forno pré aquecido a 180 graus por 20 minutos. Rendeu 14 unidades.

Os bolinhos ficam fofinhos e bem pouco doces. O que é muito bom no nosso caso, pois o Pedro gosta muito de bolo e fico com a consciência mais tranquila em matar a vontade do mocinho com algo mais saudável.

A sina das fotos tortas que não viram...

Se o doce levinho for problema, pode-se aumentar o agave ou melaço. Eu fiz uma caldinha com polpa de 1 maracujá, 1 colher de chá de amido de milho, ½ xícara de água e 4 colheres de agave. Ficou uma delícia para comer junto.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Granola caseira

Combinação perfeita: com iogurte natural caseiro e um tequinho de geleia, no caso de laranja

Sempre gostei de granola, mas não comia mais por preguiça. É que é um alimento que exige mastigação prolongada (a correta, na verdade, né?!). Mas é uma ótima opção de fibras e sacia de verdade. Por isso, quando o Pedro começou a comer comida de gente grande, acabei investindo na granola caseira. Assim, descobri um ótimo companheirinho para cereal com iogurte.

As versões industrializadas tem um gosto de velhas que não me agrada. Fazer em casa é facílimo e o resultado, mil vezes melhor que o comprado fora. As quantidades são só para se ter uma base. Porque granola tem que ter a cara de quem come (e do que tem na despensa). Com o tempo, nem precisa mais de receita.

Granola caseira (inicialmente inspirada aqui)

2 xícaras de aveia em flocos grossos
1/2 xícara de amêndoas inteiras
1/4 xícara de castanhas do Pará
1/8 xícara de sementes de gergelim
1/8 xícara de gérmen de trigo
3 colheres de sopa de óleo vegetal (de sabor suave, que não seja soja)
2 colheres de sopa de melado de cana
1 colher de chá de canela em pó
1 xícara de coco fresco ralado
1 xícara de frutas desidratadas (o que tiver em casa. Na da foto usei uvas passas, pêssegos, peras e maçãs)

Lamine grosseiramente as amêndoas e castanhas do Pará e misture aos outros ingredientes, menos as frutas. Coloque numa assadeira bem grande. Leve ao forno pré aquecido a 180º mexendo de vez em quando para ficar corada por igual. Leva uns 20 minutos. Depois de frio, junte as frutas que não precisam ir ao forno por já estarem desidratadas (por experiência própria – ficam esturricadas). Guarde num pote tampado na geladeira. Não sei quanto tempo dura, ao certo, mas é bastante.

Esta quantidade fica bem pouco doce. Para mim é ideal, porque sempre gosto de adoçar o iogurte na hora de tomar com um pouco de geleia ou mel (que não é legal levar ao forno, pois perde boa parte das características funcionais).

Viu que fácil? Experimente fazer a sua combinação e nunca mais vai querer saber daquela granola com gosto de areia de parquinho que vendem no mercado. Fora que fica suuuuuper em conta!


O ponto: dourada por igual. Essa corzinha faz toda a diferença no sabor

domingo, 11 de maio de 2014

Pudim de tapioca com calda de coco queimado


Ainda no almoço das mães, tivemos este pudim de sobremesa. Gostei muitíssimo do resultado. Quase não faço a calda porque costumo achar calda de pudim uma doçura redundante, que só serve para estrilar as papilas e atrapalhar o sabor da sobremesa. Mas valeu a pena. A “massa” é doce, mas suave e a caldinha a completa. Mas o toque de mestre é do coco queimado que dá textura e sabor.

75 g de tapioca granulada
375 ml de creme de leite
200 ml de leite de coco
100 ml de leite (substitui por leite de coco caseiro)
1 lata de leite condensado
2 ovos
2 gemas

Calda para a forma
200 g de açúcar cristal

Calda de coco queimado
250g de açúcar cristal
200 ml de leite de coco

Crocante de coco
100 g de coco fresco ralado (ser fresco faz toda a diferença)

Hidrate a tapioca com o creme de leite fresco e o leite de coco por pelo menos duas horas. Reserve.
Numa panela, faça um caramelo para a fôrma com o açúcar e a água. Espalhe numa fôrma para pudim e reserve.
Prepare a calda de coco caramelizando o açúcar e juntando o leite de coco. Cozinhe até obter o ponto de fio grosso.
Para o crocante, espalhe o coco ralado em uma assadeira forrada com folha de silicone e asse em forno baixo, mexendo até dourar.
Prepare o pudim: misture os ovos, as gemas, o leite e o leite condensado. Some a tapioca hidratada. Nessa hora ficou meio empelotado, então foi tudo para o processador. Coloque a mistura na forma caramelada e asse em banho-maria a 180 °c por 40 minutos ou até firmar. Resfrie o pudim e sirva com a calda quente e o crocante de coco. 


Almoço do Dia das Mães - árabe

Como homenagear as mulheres mais importantes da minha vida? Cozinhando para elas, claro! E assim surgiu a ideia de fazer o almoço de Dia das Mães deste ano aqui em casa. Geralmente no domingo vamos almoçar na casa da minha mãe. O Pedro já aproveita para fazer uma baguncinha boa na casa dos avós, a gente come comidinha caprichada... Mas desta vez foi diferente.

Ok. Teremos um almoço. Mas o que cozinhar? Sabe quando não há inspiração? Nenhuma! Fiquei a semana toda olhando receitas, peguei a caixa de livros, folheei, separei as interessantes e... todas doces. Não ajudou!

Então decidimos que seria panqueca. Mas, no mesmo dia, passou o primeiro programa da nova temporada do Tempero de Família, em que o Rodrigo Hilbert vai à casa das pessoas mostrar as receitas deles. Almoço árabe. Tá aí! Esse foi o cardápio escolhido para a nossa refeição. Um tradicional almoço árabe. Tradicional para alguém,  não para a gente que é tão árabe quanto chinês.



MUJADARA

2 cebolas grandes, em fatias (não muito finas)
3 dentes de alho picados
1x de arroz cru
2x de lentilhas cozidas mas firmes
1 ½ cc de cominho
½ cc de canela
2 cs de azeite
sal, pimenta do reino a gosto

Em uma panela média, frite uma cebola em 1 cs de azeite até ficar transparente. Junte o alho e o arroz e refogue durante alguns minutos, até o alho ficar dourado. Acrescente o cominho e a canela e mexa bem. Junte a lentilha cozida, 3 xícaras de água, sal a gosto, tampe e deixe cozinhar até o arroz ficar macio. Enquanto isso, em uma frigideira pequena, aqueça o resto do azeite e cozinhe a outra cebola em fogo baixo até começar a caramelizar. Cebola, por mais estranho que pareça, tem açúcar e se cozinharmos ela em fogo baixo durante 15, 20 minutos esse açúcar é liberado e ela fica ligeiramente caramelizada. Mexa de vez em quando e mantenha o fogo baixíssimo pra cebola não queimar. Quando o arroz e a lentilha estiverem cozidos prove o sal e acrescente mais um pouco, se necessário. Tempere com pimenta do reino, despeje as cebolas caramelizadas por cima e sirva acompanhado da salada.
TABULE

80g de trigo para quibe
1 tomate
1/2 cebola
1 pimentão amarelo
1 pepino japonês
1 limão
1 ramo de hortelã
1 ramo de salsinha
3 folhas de alface (acabei esquecendo)
Azeite
Sal

O trigo ficou de molho desde a noite anterior. O restante dos ingredientes foram picados em quadradinhos e temperados com o suco de limão, sal, hortelã, salsinha e azeite.

CHARUTO RECHEADO

Para fazer o arroz
1 dentes de alho
1/2 cebola
1 xícaras de arroz
1 xícaras de água
Sal a gosto

Refogue o alho e a cebola. Acrescente o arroz, misture e junte a água. Deixe cozinhar por 10 minutos. Ele deve ficar pré-cozido.

Para fazer a carne moída
400g de patinho moído
1/2 cebola media
1 dente de alho
1/2 ramo de hortelã
1/2 ramo de salsinha
1 colher de tempero árabe pronto
1 limão
Sal a gosto

Tempere a carne moída com a cebola picada, o alho, o hortelã, a salsinha, o tempero árabe, o limão e o sal. Misture bem. Deixe descansar por 15 minutos.

Molho de tomate
2 latas de tomate pelado
2 tomates in natura
1 cebola
1 dente de alho
Sal
1 colher de chá de tempero árabe
Salsinha

Refogue o alho e a cebola. Bata os tomates no liquidificador junto com os temperos refogados. Junte uns 400ml de água e deixe apurando em fogo baixo. Tempere e pronto.

Para fazer o charuto
Ingredientes:
10 folhas grandes de repolho verde
Mistura do arroz pré cozido com a carne
Molho de tomate

Separe as folhas do repolho e coloque na água fervente. Leve ao fogo por uns 5 minutos para amolecer. Coloque umas duas colheres do recheio dentro das folhas e enrole fechando as laterais como um envelope. Em uma panela, acomode os charutos e jogue o molho por cima. Deixe cozinhar por cerca de 20 minutos.

QUIBE ASSADO

1 kg de patinho moído
250g de trigo para quiibe
1 cebola média
1 dente de alho
1 ramo de hortelã
2 ramos de salsinha
1 colher de pimenta síria
1 limão
Sal
Azeite

Deixe o trigo de molho desde a noite anterior. Escorra e misture ao restante dos ingredientes. Acomode num refratário e regue com azeite. Leve ao forno a 230º por uns 40 minutos.

HUMMUS

1 xícara de grão de bico seco
2 dentes de alho pequenos descascados
1 colher de sopa de salsinha picada (pode ser desidratada, mas a fresca fica melhor)
4 colheres de sopa de azeite de oliva
4 ou 5 colheres de tahine
Suco de meio limão
Sal a gosto

Deixe o grão de bico de molho em água com um pouco de vinagre por pelo menos 8 horas. Escorra e bata com os demais ingredientes no liquidificador. Pode ser necessário colocar mais um pouco de água e ajudar com uma colher (muito cuidado!), para conseguir bater. Tem que ficar bem homogêneo.
TAHINE

quanto baste de sal
1/2 xícara (chá) de gergelim branco
quanto baste de água morna
1 colher (chá) de óleo de gergelim

Moa as sementes de gergelim com o óleo em um liquidificador e vá adicionando a água e o sal até que fique macio.
Esta quantidade já é a suficiente para fazer o hummus. Bato primeiro o tahine e já adiciono os ingredientes da próxima receita no copo do liquidificador. Dá para comprar pronto, mas modéstia à parte, essa foi a melhor receita de hummus que comi ;)

terça-feira, 4 de março de 2014

Pavlovas com lemon curd e iogurte


Ah pavlova!

Lá por 1996, quando dançava ballet clássico e estava meio longe de ter computador e internet em casa, fazíamos cópias de qualquer livro que tinha informações sobre dança. Ana Pavlova era presença constante entre as biografias. A bailarina russa acabou ganhando uma sobremesa em sua homenagem. Que chique, né!? Quem quer criar uma sobremesa pra mim?

Daí que fazia um tempão que namorava a ideia de fazer e provar a dita pavlova. Até que apareceu a oportunidade: servir de sobremesa após uma feijoada na casa da minha mãe. Ok. Não sei se o menu foi muito coerente, mas agradou! Dois dias depois, servi no jantar de aniversário da minha sogra, em uma versão menor e muito mais charmosa.

O que mais vi foi gente servindo com chantilly, mas sinceramente corto volta dele. Assim como o tamanho da base. Se fizermos um suspirão de 30cm de diâmetro vai ficar até bonito, mas não é prático para comer, convenhamos. Por isso gostei muito dessa versão mini com iogurte. Ela é inspirada na que o Jamie Oliver traz no livro das refeições em 30 minutos. Ele usa a base comprada pronta, assim como o lemon curd. Bem, aqui na roça não é muito comum encontrar isso e como o lema é homemade sempre que dá, encarei o suspiro pela primeira vez. Só não fiz o iogurte porque já estava enrolada com muita coisa, mas o caseiro fica sempre mais gostoso ;)

Cada parte da receita é de um lugar. Vamos lá:

Base – suspiro:
4 claras
250 gr açúcar granulado fino
2 colheres de chá de amido de milho
1 colher de chá de vinagre branco

Pré-aqueça o forno o 160º, forre a assadeira com papel vegetal ou tapete de silicone. Deixe as claras descansarem à temperatura ambiente por um tempo, depois bata até que fiquem bem firmes. Vá juntando o açúcar, o amido e o vinagre, bata até obter um creme brilhante. Coloque às colheradas na assadeira. O melhor formato que experimentei foi pegando o suspiro com uma colher de sobremesa rasa, dando uma leve espalhada e fazendo um buraquinho no meio dele com uma colher de chá. Não é difícil. No terceiro, você já pegou o jeito. Leve ao forno entre 100º e 150º por aproximadamente 50 minutos. O ideal é que fique bem assado sem corar muito. Caso seu forno esteja muito quente, deixe algo sustentando a porta dele entreaberta.
Inspirada aqui: http://maisumsobreculinaria.blogspot.com.br/2014/01/pavlova-com-lemon-curd.html

Cobertura 1 – lemon curd
160 gr de açúcar
2 limões
60 gr de manteiga
2 ovos

Leve o açúcar, a manteiga e as rapas e suco dos limões ao fogo até ferver. Retire e, mexendo, incorpore os ovos já batidos. Leve ao fogo baixo novamente. Quando começar a ferver, deixe mais uns cinco minutos e está pronto.
Inspirado aqui: http://maisumsobreculinaria.blogspot.com.br/2011/03/lemon-curd.html

Cobertura 2 – iogurte com morango e mel
1 bandeja de morango (framboesas e mirtilos também devem ficar ótimos)
1 pote de iogurte natural
2 colheres de mel

Esta parte é a olho, seguindo as orientações do Jamie. Separe 1/3 dos morangos para a decoração. O restante, amasse (ou passe pelo processador) com o mel. Em seguida incorpore ao iogurte. É interessante não misturar muito, para conseguir um efeito marmorizado.

Depois de preparar tudo isso separadamente, é hora de juntar. Em cada suspiro, coloque uma colher de chá do lemon curd frio e uma do iogurte. Decore com pedaços de morango e folhinhas de hortelã. Quando estiverem na bandeja de servir, despeje um fino fio de mel para terminar de deixar lindo.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A nossa alimentação

Se tem uma coisa que está em constante evolução é a nossa alimentação. Quando digo “nossa” me refiro mais à minha e, por consequência, a do meu filho de 1a10m e do meu marido. Mas é mais à minha, porque o marido fica fora boa parte do dia e não se importa tanto em modificar os hábitos alimentares. Como o Pedro e eu estamos o dia todo juntos, ele acaba comendo o que como e vice e versa.

Atualmente a cultura aqui é onívora. Mas tenho lido muito sobre vegetarianismo e veganismo. Tive a felicidade de conhecer duas amigas vegetarianas nos últimos anos, o que abriu meus horizontes fortemente.
Fui criada com alguns exemplos questionáveis, que na época não representavam grandes problemas, visto que as informações sobre nutrição em casa não eram numerosas. Fui desmamada [abruptamente] com menos de 5 meses, ingeri leite de vaca como substituição. Inicialmente com achocolatado, depois com café solúvel, sempre adoçado. Frutas eram adoçadas, enfim... aquele basicão.

A partir do momento que amamentei, minha visão sobre o leite mudou bastante. Quem passou por isso sabe que dá trabalho. E olha que não tivemos dificuldade de pega, mastite, nada grave. Mas cansa, o organismo trabalha dobradíssimo pra dar conta. A cada copo de leite que tomava, imaginava alguém afastando meu filho de mim, me ordenhando e dando o leite para outra pessoa que não dependia disso nutricionalmente. Comecei a me sentir culpada usando as pobres mães vacas. Ainda não foi suficiente para deixar de tomar leite. Mas diminuí o consumo. O Pedro passou a tomar depois de mais grandinho. Às vezes coloco um pouco na xicrinha de café para ele tomar no café da manhã, afinal de contas é o momento que tomamos também. Mas não acho essencial. Já saí da matrix de achar que leite é fundamental para a nutrição de qualquer um. Ufa! Menos uma barreira do senso comum.

Daí vem a questão da carne. Sinto que um dia ela não habitará mais meu prato. Não sei quando. Por enquanto não há restrição estabelecida por aqui. Estou diminuindo o consumo de tudo o que acho que não vale a pena. Já consigo fazer uma super compra na feira (maioria de produtos orgânicos direto do produtor) e usar boa parte durante a semana. O que é ótimo! Apesar de termos carne quase todos os dias nas refeições principais, me preocupo mais com as guarnições. Porque se você tiver só arroz, feijão, bife e salada de alface, vai ficar difícil fazer alguma substituição. Mas se a salada for reforçada, tiver mais algum vegetal refogado ou assado, a coisa vai melhorando. Automaticamente chega-se a um equilíbrio.

Enfim... a consciência está muito mais tranquila hoje do que há alguns anos atrás. Ainda estou acima do peso e acredito que boa parte disso seja pelo consumo de doces e carboidratos, que precisam ser diminuídos. Mas vai melhorar!

O que impulsiona fortemente tudo isso é estar criando um ser humaninho que tem o paladar sendo formado neste momento. Quando pego um alimento para comer, penso se é isso que gostaria de vê-lo comendo, um dia. Se a resposta for não, tchau! Como enquanto ele estiver dormindo ou deixo quieto. É um excelente exercício. Dessa forma o Pedro consome poucos produtos adocicados (um bolo de fubá, por exemplo), mas não alimentos doces (bombom, por exemplo). Sim. Já houve o dia que estávamos em uma festa e ele pegou um bombom da mesa. Não é regra.

E quando ele resolve fazer greve de comida, o que a gente faz? Oferecemos sempre o alimento saudável. A refeição salgada e posteriormente, uma fruta. Geralmente aceita a fruta. Aliás, acho que se dependesse dele, comia só frutas. Se não quiser essas opções, fica sem comer. Aqui não existe a cultura de “dar porcaria para pelo menos ele comer alguma coisa”. O pediatra [adorável] Carlos Gonzalez diz que ninguém passa fome tendo alimento à disposição. Fato! Não comeu agora? Uma hora vai comer. E quando o quiser, terá uma opção saudável.


Neste momento estou acertando o cardápio da nossa festa de aniversário, no próximo mês. Mais uma vez teremos opções que fazem bem ao coração e dessa vez tentarei algumas comidinhas menos convencionais. Tomara que dê certo. Garanto que mais uma vez os pequenos poderão comer a maioria das comidinhas sem problema =)