sábado, 1 de janeiro de 2011

Um bolo "bem" passado

Quando o bolo fica moreninho demais, a mãe fica chateada. Esqueceu de tirar a assadeira do forno. Por dentro fico feliz, porque não pode ir para a padaria, mas eu como numa boa.

Que em 2011 até os bolos queimados sejam comestíveis!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Panga com crosta de nozes

Vamos dar um tempo de Natal, porque entre o dia 25 e o 31 existe uma semana bem normal [ou quase]. Ontem o almoço em casa foi peixe, o que é sempre um desafio, pois o marido ainda torce o nariz para algumas preparações que não tenham carne de frango ou vermelha. Ainda assim, tenho ouvido falar muito do peixe panga e fiquei com vontade de experimentar. Quando vi uma promoção no mercado, não tive dúvida.

O problema é que quase nunca cozinho peixe, daí rolou aquela insegurança básica. Mas nessas horas a gente pergunta para o amigo de todas as horas, o Google. Lembrei que uma vez vi um programa de culinária com um peixe com crosta de ervas. Mas e se essa crosta fosse feita de algum tipo de castanha? Hum... Ótimo. Mas assado ou grelhado? Ao grelhar, tinha medo de queimar a crosta, ao assar, deixar o peixe seco. Mas fui de assado sempre lembrando do mantra do meu professor de Habilidades Básicas de Gastronomia “controle de tempo e temperatura”. Tinha que dar certo. E deu =D

Panga com crosta de nozes

Peguei um filé de 400g (era grandão, deu para duas pessoas), temperei com sal e pimenta branca e deixei descansar. Enquanto isso bati no processador um punhado de nozes com duas fatias de pão (era integral, por isso ficaram algumas linhaças perdidas). Reguei o peixe com um pouco de azeite e fui colocando a farofinha às colheradas, apertando de leve. Ficou bem uniforme e não me preocupei em cobrir até as laterais.

Agora vem a parte do professor: assei por 5 minutos a 280º, 10 minutos a 230º e mais 15 a 180º. O motivo não sei se faz muito sentido, mas o que pensei foi o seguinte: o peixe ainda estava levemente congelado na parte mais grossa. Fiquei com medo de colocar apenas na temperatura baixa e ele soltar toda a água, virando um filé super seco. Ao mesmo tempo não dava para fazer tudo no máximo, pois a probabilidade de queimar seria grande. Só sei que assim deu certo: ele ficou super suculento, assado por igual (só a beiradinha bem fina ficou mais dourada).

Por fim, gostei do panga. Conheço bem pouco de peixes, mas a textura é em parecida com a merluza. O sabor é super suave, por isso deve ficar bom com outros tipos de preparações. A crosta deu um leve aroma e crocância, fora que ajuda a proteger do calor excessivo.

Foi servido com arroz branco com brócolis e farofinha (sim, muita farinha neste prato) de feijão caupi).

E que em 2011 tenhamos mais peixe na mesa!

Ah! Já ia me esquecendo. Para saber mais sobre o peixe, clique aqui.

Pormenores da ceia

Agora vamos as receitas da ceia de Natal. Tudo bem que a data já passou, pois esses pratos podem tranquilamente fazer parte da mesa o ano todo.
A intenção ao fazermos uma mesa de frios e canapés era proporcionar um cardápio leve, já que nessa época a comilança impera e no dia seguinte já teríamos churrasco.

Primeiro o melhor visual (adoro a combinação de vermelho, branco [ou amarelo] e verde em alimentos):

Canapé de Mini Caprese


300 g de tomate cereja
200 g de mini mussarela de bufala
1 maço de Manjericão fresco
100 ml de azeite
50g de parmesão ralado
100 g de nozes

Utilizei os tomates da fazenda, então misturei cereja com pêra. Até acho melhores os mais compridinhos, pois ficam com visual mais delicado e tem sabor mais adocicado. Já a mussarela de búfala estava em falta em todos os lugares que procurei e foi trocada por minas frescal que substituiu muito bem. De resto, é só espetar o tomate, a mussarela com o corte que desejar e misturar o restante dos ingredientes no liquidificador e servir como quiser: à parte ou sobre os canapés.

Agora o prêmio para mais unidades consumidas:

Barquete de salpicão

Esse salpicão foi feito meio à olho. Misturei frango desfiado, uma lata de abacaxi em calda escorrido e bem picadinho, duas maçãs verdes, 50g de castanha de caju esmigalhada, meia lata de milho verde e só. A liga fica por conta de maionese e creme de leite e no final tem que acertar o sal. Para servir, colocamos sobre uma forminha de canapé em formato de barquete e espetamos batatas palha. Não foi o visual mais bonito. Até tentei buscar algum elemento que desse mais contraste, mas o público não era muito a favor de verdinhos.

Segundo mais gostoso as noite:

Pasta de alho assado na crosta com pimenta biquinho

½ kg de ricota amassada
1 xícara (chá) de maionese
10 dentes de alho assados
½ xícara (chá) de leite
Sal a gosto
Pão cortado em pedaços pequenos e desidratado
Lascas de pimenta biquinho

Primeiro fiz as torradas com fatias de 1cm de espessura pinceladas com azeite e que foram no forno só para pegar um pouquinho de cor. O alho foi assado embrulhado em papel alumínio e ficou no forno médio por 30 minutos. Para a pasta, é só misturar todos os ingredientes, menos a pimenta biquinho. A montagem foi feita com o auxílio de um bico de confeiteiro, para dar um melhor aspecto. Como nem todos gostam de pimenta, cortei ela ao meio (o que prejudicou um pouco o visual) e para dar opção, alguns foram ornamentados com fatias de azeitonas verdes e pretas.

Prêmio cuti-cuti da noite:

Canapé de maionese de domingo com pernil

150g de maionese
150g de creme de leite
150g de cenoura cozida em cubos pequenos
100g de azeitona verde sem caroço fatiada
100g de ervilha fresca cozida
500g de batata cozida cortada em pedaços pequenos
3 cls de salsa picada
Sal e pimenta do reino a gosto
Pernil assado e desfiado
Os vegetais foram cozidos no vapor levemente aromatizado com cardamomo, louro e alecrim. Misturei todos os ingredientes, deixando a maionese e o creme de leite para o final. Para a montagem, coloquei um pouquinho (mas bem pouquinho) de maionese na forminha para canapé e enfeitamos com uma tirinha de pernil assado.

A experiência da noite:

Canapé de caviar de tapioca com creme de ricota

Já deu para perceber que adoro creme de ricota. É que prefiro o sabor e a consistência deste ao sabor e consistência do cream cheese. O caviar de tapioca veio daqui e foi feito mais pelo visual, que é bem diferente. Para o creme de ricota, foi só misturar leite, ricota, sal e uma pitadinha de pimenta da Jamaica no processador até o ponto desejado. A montagem foi feita numa forminha para canapé com o creme arrumado com o bico de confeiteiro (que não ficou muito bonito), um pouco do caviar na lateral e uma lasquinha de tomate seco para dar cor. Teve mais saída do que imaginei e muita gente ficou curiosa para saber como era feito o caviar. Valeu a pena pelo sabor misterioso =)

Fora isso tivemos queijos, pães, queijo minas com goiabada, embutidos, omeletinha (feita com queijo, presunto, tomate e orégano e cortada pequeneninha) para as crianças, castanhas e frutas secas.

Reveillon será bem mais simples. Acho que iremos de comida árabe. E a sua ceia, como foi?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Primeiro evento e Ceia de Natal da família

Uma frase que marcou o meu Natal foi: “Bruna, saia da cozinha, filha!”. Foi muito engraçado ouvir minha mãe falando isso quando chegou para a ceia. Eu estava fazendo os últimos ajustes na mesa de frios e canapés. Foi meu primeiro evento e fiquei imensamente feliz com o resultado. Claro que analisando os pormenores, a toalha poderia ser outra, para valorizar as produções e o arranjo, os canapés poderiam ficar mais espaçados nas travessas... Mas não tínhamos a estrutura de um Buffet, por isso considero tudo uma grande vitória.

Em breve posto as receitas que foram fáceis e econômicas, na medida do possível, porque cozinha tem que ser responsável =)