Sexta-feira passada foi aniversário do meu pai. No meio da semana não deu para fazer festa, mas num estalo resolvi que teríamos um jantarzinho mexicano para comemorar, no sábado. Na verdade entendo minimamente a nada de cozinha mexicana. Sei que tem o milho como base das massas de tortillas, nachos e afins. Mas aí está a dúvida: eles só comem isso? É o equivalente ao arroz e feijão, ou seja, é ração diária? Se tiver alguém que entenda do México, por favor, me avise. Mas, como ainda não tive respostas, busquei inspiração na noite temática da Kelly, do Temperando.
O cardápio foi: tortillas mexicanas, os molhos: guacamole, sour cream, picadinho temperado e quejo fundido com lingüiça, salada mexicana de repolho, huevo rancheros e frango salteado com pimentões. Comemos a maioria com as mãos, fizemos as combinações que quisemos e saímos super satisfeitos depois de um encontro super discontraído e muito saboroso.
Me recusei a usar Doritos ou qualquer outra massa pronta. Os nachos seriam feitos de próprio punho. E foi bem tranqüilo. Fiz a massa das tortillas com:
1 1/2 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
1 1/2 xícara(s) (chá) de fubá
1/2 colher(es) (chá) de sal
3 colher(es) (sopa) de manteiga
180 ml de água morna
Misture os 3 primeiros ingredientes. Junte a manteiga e misture com os dedos, formando uma farofinha. Acrescente a água aos poucos mexendo com o garfo, até formar uma bola. Se necessário, use pouquinho mais de água. Trabalhe a massa por cerca de 5 minutos, amassando até que fique bem homogênea e não grude mais nas mãos. Deixe descansar de 30 a 45 minutos. Divida a massa em 15 bolas e vá abrindo uma por uma, deixando as outras cobertas com o plástico (sempre). Para as tortillas, abri a massa bem fininha (2 a 3mm) e cortei com a boca de um pote de uns 15cm. Para os nachos, dividi o círculo em 8 partes. Depois fritei tudo como panqueca em frigideira antiaderente sem um pingo de óleo. É super rápido. Dourou de leve de um lado, pode virar. A textura deles não ficou crocante como Doritos, por exemplo. Ficaram maleáveis, mas suficientes para diversos formatos.
Para o sour cream, usei 1 lata de creme de leite, 1 pote de cream cheese, suco de 2 limões pequenos e uma colher de chá de vinagre branco. Coloquei mais limão porque gostei do sabor, mas acredito que deveria ter usado o creme de leite em caixa, porque é mais molinho.
Para o frango e o picadinho, não teve segredo. O peito de frango foi picado em tiras médias e refogado com cebola, alho e pimentões coloridos. Só. O picadinho levou alho, alcatra em cubinhos, 2 tomates batidos no liquidificador e pimentões em cubinhos.
Para o guacamole, amassei um abacate médio e misturei com 2 dentes de alho amassados que foram dourados em azeite (coloquei o azeite também), 2 tomates picadinhos e sem as sementes, ½ cebola picadinha, salsinha, suco de um limão e sal. Não sei se foi por fazer uns 40 minutos antes de servir, mas o líquido foi ficando separado com o tempo.
A salada de repolho foi clássicona: repolho picadinho e cenoura ralada temperados com azeite, vinagre e sal.
Por último, um dos pratos que mais me agradaram: os huevos rancheros. O professor já havia comentado em sala sobre a preparação e acabei recorrendo ao livro de técnicas culinárias da Le Cordon Bleu. Facinho: refoguei cebolas em pétalas e pimentões em tiras, coloquei no fundo de pequenas travessas, cobri com aproximadamente uma colher de sopa de creme de leite, quebrei o ovo, salpiquei sal e levei ao forno baixo até a gema ficar durinha. A receita original não leva creme de leite, mas achei que deu uma suavizada e cremosidade interessante à preparação. Outra coisa importante é untar a travessa com manteiga, senão dá um pouco de trabalho na hora de lavar.