quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Panga com crosta de nozes

Vamos dar um tempo de Natal, porque entre o dia 25 e o 31 existe uma semana bem normal [ou quase]. Ontem o almoço em casa foi peixe, o que é sempre um desafio, pois o marido ainda torce o nariz para algumas preparações que não tenham carne de frango ou vermelha. Ainda assim, tenho ouvido falar muito do peixe panga e fiquei com vontade de experimentar. Quando vi uma promoção no mercado, não tive dúvida.

O problema é que quase nunca cozinho peixe, daí rolou aquela insegurança básica. Mas nessas horas a gente pergunta para o amigo de todas as horas, o Google. Lembrei que uma vez vi um programa de culinária com um peixe com crosta de ervas. Mas e se essa crosta fosse feita de algum tipo de castanha? Hum... Ótimo. Mas assado ou grelhado? Ao grelhar, tinha medo de queimar a crosta, ao assar, deixar o peixe seco. Mas fui de assado sempre lembrando do mantra do meu professor de Habilidades Básicas de Gastronomia “controle de tempo e temperatura”. Tinha que dar certo. E deu =D

Panga com crosta de nozes

Peguei um filé de 400g (era grandão, deu para duas pessoas), temperei com sal e pimenta branca e deixei descansar. Enquanto isso bati no processador um punhado de nozes com duas fatias de pão (era integral, por isso ficaram algumas linhaças perdidas). Reguei o peixe com um pouco de azeite e fui colocando a farofinha às colheradas, apertando de leve. Ficou bem uniforme e não me preocupei em cobrir até as laterais.

Agora vem a parte do professor: assei por 5 minutos a 280º, 10 minutos a 230º e mais 15 a 180º. O motivo não sei se faz muito sentido, mas o que pensei foi o seguinte: o peixe ainda estava levemente congelado na parte mais grossa. Fiquei com medo de colocar apenas na temperatura baixa e ele soltar toda a água, virando um filé super seco. Ao mesmo tempo não dava para fazer tudo no máximo, pois a probabilidade de queimar seria grande. Só sei que assim deu certo: ele ficou super suculento, assado por igual (só a beiradinha bem fina ficou mais dourada).

Por fim, gostei do panga. Conheço bem pouco de peixes, mas a textura é em parecida com a merluza. O sabor é super suave, por isso deve ficar bom com outros tipos de preparações. A crosta deu um leve aroma e crocância, fora que ajuda a proteger do calor excessivo.

Foi servido com arroz branco com brócolis e farofinha (sim, muita farinha neste prato) de feijão caupi).

E que em 2011 tenhamos mais peixe na mesa!

Ah! Já ia me esquecendo. Para saber mais sobre o peixe, clique aqui.

Pormenores da ceia

Agora vamos as receitas da ceia de Natal. Tudo bem que a data já passou, pois esses pratos podem tranquilamente fazer parte da mesa o ano todo.
A intenção ao fazermos uma mesa de frios e canapés era proporcionar um cardápio leve, já que nessa época a comilança impera e no dia seguinte já teríamos churrasco.

Primeiro o melhor visual (adoro a combinação de vermelho, branco [ou amarelo] e verde em alimentos):

Canapé de Mini Caprese


300 g de tomate cereja
200 g de mini mussarela de bufala
1 maço de Manjericão fresco
100 ml de azeite
50g de parmesão ralado
100 g de nozes

Utilizei os tomates da fazenda, então misturei cereja com pêra. Até acho melhores os mais compridinhos, pois ficam com visual mais delicado e tem sabor mais adocicado. Já a mussarela de búfala estava em falta em todos os lugares que procurei e foi trocada por minas frescal que substituiu muito bem. De resto, é só espetar o tomate, a mussarela com o corte que desejar e misturar o restante dos ingredientes no liquidificador e servir como quiser: à parte ou sobre os canapés.

Agora o prêmio para mais unidades consumidas:

Barquete de salpicão

Esse salpicão foi feito meio à olho. Misturei frango desfiado, uma lata de abacaxi em calda escorrido e bem picadinho, duas maçãs verdes, 50g de castanha de caju esmigalhada, meia lata de milho verde e só. A liga fica por conta de maionese e creme de leite e no final tem que acertar o sal. Para servir, colocamos sobre uma forminha de canapé em formato de barquete e espetamos batatas palha. Não foi o visual mais bonito. Até tentei buscar algum elemento que desse mais contraste, mas o público não era muito a favor de verdinhos.

Segundo mais gostoso as noite:

Pasta de alho assado na crosta com pimenta biquinho

½ kg de ricota amassada
1 xícara (chá) de maionese
10 dentes de alho assados
½ xícara (chá) de leite
Sal a gosto
Pão cortado em pedaços pequenos e desidratado
Lascas de pimenta biquinho

Primeiro fiz as torradas com fatias de 1cm de espessura pinceladas com azeite e que foram no forno só para pegar um pouquinho de cor. O alho foi assado embrulhado em papel alumínio e ficou no forno médio por 30 minutos. Para a pasta, é só misturar todos os ingredientes, menos a pimenta biquinho. A montagem foi feita com o auxílio de um bico de confeiteiro, para dar um melhor aspecto. Como nem todos gostam de pimenta, cortei ela ao meio (o que prejudicou um pouco o visual) e para dar opção, alguns foram ornamentados com fatias de azeitonas verdes e pretas.

Prêmio cuti-cuti da noite:

Canapé de maionese de domingo com pernil

150g de maionese
150g de creme de leite
150g de cenoura cozida em cubos pequenos
100g de azeitona verde sem caroço fatiada
100g de ervilha fresca cozida
500g de batata cozida cortada em pedaços pequenos
3 cls de salsa picada
Sal e pimenta do reino a gosto
Pernil assado e desfiado
Os vegetais foram cozidos no vapor levemente aromatizado com cardamomo, louro e alecrim. Misturei todos os ingredientes, deixando a maionese e o creme de leite para o final. Para a montagem, coloquei um pouquinho (mas bem pouquinho) de maionese na forminha para canapé e enfeitamos com uma tirinha de pernil assado.

A experiência da noite:

Canapé de caviar de tapioca com creme de ricota

Já deu para perceber que adoro creme de ricota. É que prefiro o sabor e a consistência deste ao sabor e consistência do cream cheese. O caviar de tapioca veio daqui e foi feito mais pelo visual, que é bem diferente. Para o creme de ricota, foi só misturar leite, ricota, sal e uma pitadinha de pimenta da Jamaica no processador até o ponto desejado. A montagem foi feita numa forminha para canapé com o creme arrumado com o bico de confeiteiro (que não ficou muito bonito), um pouco do caviar na lateral e uma lasquinha de tomate seco para dar cor. Teve mais saída do que imaginei e muita gente ficou curiosa para saber como era feito o caviar. Valeu a pena pelo sabor misterioso =)

Fora isso tivemos queijos, pães, queijo minas com goiabada, embutidos, omeletinha (feita com queijo, presunto, tomate e orégano e cortada pequeneninha) para as crianças, castanhas e frutas secas.

Reveillon será bem mais simples. Acho que iremos de comida árabe. E a sua ceia, como foi?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Primeiro evento e Ceia de Natal da família

Uma frase que marcou o meu Natal foi: “Bruna, saia da cozinha, filha!”. Foi muito engraçado ouvir minha mãe falando isso quando chegou para a ceia. Eu estava fazendo os últimos ajustes na mesa de frios e canapés. Foi meu primeiro evento e fiquei imensamente feliz com o resultado. Claro que analisando os pormenores, a toalha poderia ser outra, para valorizar as produções e o arranjo, os canapés poderiam ficar mais espaçados nas travessas... Mas não tínhamos a estrutura de um Buffet, por isso considero tudo uma grande vitória.

Em breve posto as receitas que foram fáceis e econômicas, na medida do possível, porque cozinha tem que ser responsável =)

domingo, 14 de março de 2010

Pão na frigideira


Pão queimado, pão na chapa, pão na frigideira, seja ela de ferro ou teflon... para aproveitar o pão que já não está mais tão fofinho e deixar o café com gosto de quando a mãe preparava o lanchinho...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lagarto cozido com leite e mandioquinha

Receita das Rainhas! Só mesmo elas para me deixarem com vontade de cozinhar carne. Não que seja vegetariana, mas não gosto de ir em açougue, mexer com carne, colocar a mão em carne, provar tempero, nada disso. Mas fiquei tentada por esta receita, já que o cozimento é feito em leite e leva mandioquinha salsa, que adoro!


Vou copiar o modo de fazer direto das Rainhas, ok?!

"A peça de lagarto eu temperei com sal e pimenta moídos na hora; numa de suas faces, fiz um corte em cruz e enxertei fatias de bacon, cubos de cenoura e folhas de manjericão fresco; fechei com 2 palitos bem disfarçadinhos e reservei.

Na panela de pressão, 1 dente de alho picadinho, cubos grandes de cebola roxa e pimentões, e 1 lata de tomates pelados, refogados em azeite de oliva honesto; depois juntei a peça, envolvi bem no molho, cobri tudo com leite integral e levei a cozinhar na pressão por algo em torno de 20 minutos depois que a panela pegou pressão (quando começa a apitar); foi quando tirei a pressão, abri a panela, somei cubos de mandioquinha e deixei cozinhar de novo na pressão por mais uns 10 minutos. Por fim, tirei a pressão mais uma vez, somei um punhado enorme de cheiro verde e servi pelando."


Resultado: realmente a natinha é a melhor parte. Junto com a mandioquinha que ficou com um super tempero. Já a carne, não sei se deixei cozinhando pouco tempo, mas sinto que poderia ter ficado um pouco mais molinha... acho que acabei criando uma expectativa muito grande que aliada à minha falta de experiência nesse tipo de preparo, não deixou o prato 100%. Mas se carnes forem o seu forte, se joga, porque vale a pena!!

As mandioquinhas que sobraram viraram pão =)



quinta-feira, 11 de março de 2010

Bolo de limão rosa

Vejo muitas receitas utilizando limão siciliano. Acho uma fruta muito bonita, mas quando consegui encontrar para comprar, o sabor não me conquistou. Acredito que o limão que mais goste seja, mesmo, o rosa. Ele é menos ácido que o taiti, por exemplo. Se for para fazer recheio de torta de limão que não leve gelatina, o rosa não é suficiente para endurecer o creme, mas ainda assim, nas demais preparações, fica muito bom.


Como alguns foram doados de algum pomar e deixados na fruteira, tratei de encontrar um bolo à altura. Busquei no Chucrute com Salsicha.

Bolo de limão rosa

2 ovos
1/2 xícara [113gr] de margarina
1 xícara de açúcar
3/4 xícara de leite
1 3/4 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa de raspas de limão
1 1/4 colher de chá de fermento em pó

A receita original levava lavanda. Como não tinha, cheguei a ferver o leite usado na receita com algumas sementes de cardamomo, mas não deu a mínima diferença e sabor. Então podemos desconsiderar este fato.

Já o modo de fazer, usei o tradicional: bati as claras em neve. À parte, bati as gemas, margarina e açúcar [cristal] até virar um creme esbranquiçado e fui adicionando o restante dos ingredientes. No final, incorporei as claras em neve e levei assar.


O bolo ficou muito bom. Leve ácido e sabor do limão e fez o maior suceso no café da tarde.

O que achei interessante é que a Fernanda, do Chucrute com Salsicha sempre fala que gosta mais de bolos de massa densa e talz. Imagino que este seja bem do jeito que ela gosta. Para mim, deveria ter ficado pouca coisa mais fofinho, mas ainda assim foi uma delícia!




quarta-feira, 10 de março de 2010

Bacalhau tradicional

Apesar de gostarmos muito, nunca havíamos comprado bacalhau "de verdade" (entenda: Do Porto) na casa dos meus pais. Geralmente consumo esse peixe na casa da minha sogra, que faz preparações muito boas.

Durante minhas férias, num passeio pelo supermercado [porque aproveitei o tempo um pouco maior para tentar convencer minha mãe a explorar marcas e produtos diferentes] acabamos encontrando uma posta linda. Foi um verdadeiro investimento ($), mas valeu a pena.

Próximo passo: o que fazer? Já que o bacalhau é do bom, decidimos fazer de uma forma mais tradicional, para sentirmos bem o sabor de todos os ingredientes e, principalmente o peixe.


Não tem medidas: dois dias antes, deixamos as postas de molho em água na geladeira. A cada 4 horas, mais ou menos, trocávamos a água. Depois foram aferventadas e separamos as lascas (nessa hora parece que junta uma cola na mão). À parte, cozinhamos algumas batatas. Descascamos e cortamos em fatias de 0,5 a 1cm. Com antecedência, já havia cortado pimentões e tomates em rodelas e deixado numa assadeira com um fio de azeite e em forno baixo para dar uma secada, pois queria um sabor mais concentrado e menos água na preparação final.

Com todos os ingredientes meio prontos, foi só montar: fio de azeite no refratário, camada de batatas, camada de bacalhau, camada de tomates, pimentões e azeitonas pretas, batatas, bacalhau... e assim por diante. Por fim, mais um fio de azeite e forno mais para aquecer do que para cozinhar alguma coisa.

Foi servido num almoço de família de domingo. Apesar de tantas outras opções, acabei comendo só bacalhau, porque ele ficou perfeito. Com uma boa salada de folhas não precisa de mais nada!!



terça-feira, 9 de março de 2010

Pão de arroz

É feio prometer e não cumprir, por isso se falei que em 2010, este blog continuaria com receitas, ele vai ter, sim, muitas receitas! Estou com vários experimentos que foram feitos nas férias para dividir com vocês, então mãos à obra!

Para começar, infelizmente não fiz foto, mas essa receita é incrível. O pão fica super suave, fofinho e o melhor de tudo é ter uma alternativa para aquele restinho de arroz que fica no canto da geladeira. A receita vem lá do Pão de Máquina.

Pão de arroz

1 1/2 colheres de chá de sal
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de margarina
3/4 xícara de arroz cozido
3/4 xícara de leite
1 ovo grande
1 colher de chá de suco de limão
2 colheres de chá de fermento granulado
3 xícaras de farinha de trigo

Bati tudo menos a farinha e o fermento no liquidificador. Deixe bater bem "dissolver" o arroz. Daí foi só colocar na cuba da MFP com o restante dos ingredientes e selecionar o programa Normal ou Sanduíche.

Para quem não tem máquina de fazer pão, é só misturar misturar manualmente depois de liquidificar.

Super aprovado!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aluna e futura tecnóloga em gastronomia

Hoje começaram as aulas.
Tecnologia em gastronomia, no centro universitário que fica há menos de 1km de casa. Não tinha mais motivos para negar a vontade que me consumia há anos.
Agora sim este blog vai ficar interessante... Mas por enquanto, só tivemos apresentações e teoria. Um dia chega a hora da prática!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sensacional de amendoim para um 2010 SEN-SA-CIO-NAL

Hola personas!
Depois de muito tempo, estamos de volta. Já explico o motivo da ausência no último mês e meio. Vamos primeiro à receita:

Fim/início de ano quer dizer família reunida, muita comilança para começar o ano rolando e possibilidade de fazer experiências. Foi nisso que apostei quando inventei minha primeira sobremesa. Na verdade é minha primeira receita com ares de invenção e não de gambiarra...


Em 20 potinhos, esmigalhei paçoquinha (daquelas quadradinha, que alguns lugares chamam de paçoca-creme. A verdade é que não tem tantos pedacinhos de amendoim como a rolha). Não precisou de muita coisa. Só o suficiente para forrar o fundo. Acho que usei umas 8 paçoquinhas esmigalhadas.

Para cobrir, derreti duas barras de 170g de chocolate ao leite e uma de chocolate meio amargo, para não ficar muito enjoativo. Derreti no microondas. 60 segundos e estava prontinho. Misturei com uma caixinha de creme de leite e distribuí igualmente entre os potinhos. Importante para não fazer meleca nesta hora: ao invés de despejar a ganache às colheradas, coloque o creme num saco plástico com um furinho na ponta. É menos meleca na sua cozinha.


O último creme foi feito com duas latas de leite condensado que passaram 1h30 na pressão, esfriaram totalmente (coloquei no freezer) e foram misturados a uma lata de creme de leite com soro. Acabei aproveitando uma colher de gelatina em pó sem sabor que estava dando sopa na geladeira, mas se não quiser usar, não tem stress. Foi só misturar tudo bem misturado (se quiser usar liquidificador, facilita) e cobrir os potinhos.

Para enfeitar, paçoquinhas esmigalhadas. E ficou linda! O sabor, excelente! Lembra um pouco o chocolate charge, devido à combinação: chocolate+doce de leite+amendoim. Não é nada light e se for colocar na ponta do lápis, não sai barata, mas super vale a pena para ir às nuvens um tiquinho.

Agora vamos às explicações para a ausência: além da correria de fim de ano, preparativos para deixar tudo em ordem antes das férias (só volto a trabalhar dia 28 de janeiro), temos que correr atrás das coisas do casamento. Pois é. Vamos nos casar. Em setembro de 2010. Por isso será um ano para lá de especial. Junto com essa decisão, um caminhão de outras: emagrecer (perdi 4 quilos e apesar da sobremesa, estou me controlando) já que álbum de casamento é para a vida inteira, pesquisar lembrancinhas e docinhos que resolvi fazer by myself, etc. Vai ser uma correria louca, mas vai ser uma adrenalina ótima!

Mais para frente conto mais detalhes.

Por agora o que tenho para desejar é um ano novo SEN-SA-CIO-NAL para todos!!!