Vamos dar um tempo de Natal, porque entre o dia 25 e o 31 existe uma semana bem normal [ou quase]. Ontem o almoço em casa foi peixe, o que é sempre um desafio, pois o marido ainda torce o nariz para algumas preparações que não tenham carne de frango ou vermelha. Ainda assim, tenho ouvido falar muito do peixe panga e fiquei com vontade de experimentar. Quando vi uma promoção no mercado, não tive dúvida.
O problema é que quase nunca cozinho peixe, daí rolou aquela insegurança básica. Mas nessas horas a gente pergunta para o amigo de todas as horas, o Google. Lembrei que uma vez vi um programa de culinária com um peixe com crosta de ervas. Mas e se essa crosta fosse feita de algum tipo de castanha? Hum... Ótimo. Mas assado ou grelhado? Ao grelhar, tinha medo de queimar a crosta, ao assar, deixar o peixe seco. Mas fui de assado sempre lembrando do mantra do meu professor de Habilidades Básicas de Gastronomia “controle de tempo e temperatura”. Tinha que dar certo. E deu =D
Panga com crosta de nozes

Peguei um filé de 400g (era grandão, deu para duas pessoas), temperei com sal e pimenta branca e deixei descansar. Enquanto isso bati no processador um punhado de nozes com duas fatias de pão (era integral, por isso ficaram algumas linhaças perdidas). Reguei o peixe com um pouco de azeite e fui colocando a farofinha às colheradas, apertando de leve. Ficou bem uniforme e não me preocupei em cobrir até as laterais.
Agora vem a parte do professor: assei por 5 minutos a 280º, 10 minutos a 230º e mais 15 a 180º. O motivo não sei se faz muito sentido, mas o que pensei foi o seguinte: o peixe ainda estava levemente congelado na parte mais grossa. Fiquei com medo de colocar apenas na temperatura baixa e ele soltar toda a água, virando um filé super seco. Ao mesmo tempo não dava para fazer tudo no máximo, pois a probabilidade de queimar seria grande. Só sei que assim deu certo: ele ficou super suculento, assado por igual (só a beiradinha bem fina ficou mais dourada).

Por fim, gostei do panga. Conheço bem pouco de peixes, mas a textura é em parecida com a merluza. O sabor é super suave, por isso deve ficar bom com outros tipos de preparações. A crosta deu um leve aroma e crocância, fora que ajuda a proteger do calor excessivo.
Foi servido com arroz branco com brócolis e farofinha (sim, muita farinha neste prato) de feijão caupi).

Ah! Já ia me esquecendo. Para saber mais sobre o peixe, clique aqui.