terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A nossa alimentação

Se tem uma coisa que está em constante evolução é a nossa alimentação. Quando digo “nossa” me refiro mais à minha e, por consequência, a do meu filho de 1a10m e do meu marido. Mas é mais à minha, porque o marido fica fora boa parte do dia e não se importa tanto em modificar os hábitos alimentares. Como o Pedro e eu estamos o dia todo juntos, ele acaba comendo o que como e vice e versa.

Atualmente a cultura aqui é onívora. Mas tenho lido muito sobre vegetarianismo e veganismo. Tive a felicidade de conhecer duas amigas vegetarianas nos últimos anos, o que abriu meus horizontes fortemente.
Fui criada com alguns exemplos questionáveis, que na época não representavam grandes problemas, visto que as informações sobre nutrição em casa não eram numerosas. Fui desmamada [abruptamente] com menos de 5 meses, ingeri leite de vaca como substituição. Inicialmente com achocolatado, depois com café solúvel, sempre adoçado. Frutas eram adoçadas, enfim... aquele basicão.

A partir do momento que amamentei, minha visão sobre o leite mudou bastante. Quem passou por isso sabe que dá trabalho. E olha que não tivemos dificuldade de pega, mastite, nada grave. Mas cansa, o organismo trabalha dobradíssimo pra dar conta. A cada copo de leite que tomava, imaginava alguém afastando meu filho de mim, me ordenhando e dando o leite para outra pessoa que não dependia disso nutricionalmente. Comecei a me sentir culpada usando as pobres mães vacas. Ainda não foi suficiente para deixar de tomar leite. Mas diminuí o consumo. O Pedro passou a tomar depois de mais grandinho. Às vezes coloco um pouco na xicrinha de café para ele tomar no café da manhã, afinal de contas é o momento que tomamos também. Mas não acho essencial. Já saí da matrix de achar que leite é fundamental para a nutrição de qualquer um. Ufa! Menos uma barreira do senso comum.

Daí vem a questão da carne. Sinto que um dia ela não habitará mais meu prato. Não sei quando. Por enquanto não há restrição estabelecida por aqui. Estou diminuindo o consumo de tudo o que acho que não vale a pena. Já consigo fazer uma super compra na feira (maioria de produtos orgânicos direto do produtor) e usar boa parte durante a semana. O que é ótimo! Apesar de termos carne quase todos os dias nas refeições principais, me preocupo mais com as guarnições. Porque se você tiver só arroz, feijão, bife e salada de alface, vai ficar difícil fazer alguma substituição. Mas se a salada for reforçada, tiver mais algum vegetal refogado ou assado, a coisa vai melhorando. Automaticamente chega-se a um equilíbrio.

Enfim... a consciência está muito mais tranquila hoje do que há alguns anos atrás. Ainda estou acima do peso e acredito que boa parte disso seja pelo consumo de doces e carboidratos, que precisam ser diminuídos. Mas vai melhorar!

O que impulsiona fortemente tudo isso é estar criando um ser humaninho que tem o paladar sendo formado neste momento. Quando pego um alimento para comer, penso se é isso que gostaria de vê-lo comendo, um dia. Se a resposta for não, tchau! Como enquanto ele estiver dormindo ou deixo quieto. É um excelente exercício. Dessa forma o Pedro consome poucos produtos adocicados (um bolo de fubá, por exemplo), mas não alimentos doces (bombom, por exemplo). Sim. Já houve o dia que estávamos em uma festa e ele pegou um bombom da mesa. Não é regra.

E quando ele resolve fazer greve de comida, o que a gente faz? Oferecemos sempre o alimento saudável. A refeição salgada e posteriormente, uma fruta. Geralmente aceita a fruta. Aliás, acho que se dependesse dele, comia só frutas. Se não quiser essas opções, fica sem comer. Aqui não existe a cultura de “dar porcaria para pelo menos ele comer alguma coisa”. O pediatra [adorável] Carlos Gonzalez diz que ninguém passa fome tendo alimento à disposição. Fato! Não comeu agora? Uma hora vai comer. E quando o quiser, terá uma opção saudável.


Neste momento estou acertando o cardápio da nossa festa de aniversário, no próximo mês. Mais uma vez teremos opções que fazem bem ao coração e dessa vez tentarei algumas comidinhas menos convencionais. Tomara que dê certo. Garanto que mais uma vez os pequenos poderão comer a maioria das comidinhas sem problema =)

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